miércoles, 16 de noviembre de 2016

OTRO LIBRO CATÁLOGO


Ya está publicado el libro de la V Bienal de Humor de Penela 2016 (Portugal). Contiene en sus 432 páginas una selección de los mejores trabajos enviados desde 55 países. El tema de la convocatoria era “De la miel al aguijón” y logró reunir 601 trabajos de 253 participantes aceptados. Desde 2008 esta Muestra Internacional se fue posicionando como una prestigiosa referencia mundial del humorismo gráfico. Cada edición promueve un tema que obliga a la observación crítica de la realidad política y social. El Director Artístico de la Bienal, y también talentoso organizador,  Osvaldo Macedo de Sousa, explica en el libro la elección del tema de la presente edición:
“Toda a gente conhece a alegoria da formiga e da cigarra, mas ninguém fala da abelha humorista, esse ser que com o pólen das notícias e do quotidiano faz o mel da nossa existência, mas que com o seu ferrão, quando necessário, também pica os males da sociedade, os fundamentalismos, as ditaduras. Convidámos os artistas de todo o mundo a filosofarem sobre o papel do humorista/cartoonista e, paralelamente, o papel da abelha/mel (e demais derivados) na nossa sociedade. Não nos podemos esquecer das alergias que se têm desenvolvido contra o ferrão da sátira/ironia,  o medo da vespa terrorista que mata, persegue e oprime os filósofos da liberdade e da actualidade que vive um momento importante no jogo das tolerâncias e intolerâncias. Não nos olvidemos que a integração só resulta quando o outro também se integra, tolerância exige tolerância, intolerância cria intolerância. Não nos podemos esquecer que na defesa do direito à liberdade de pensamento e expressão, do humor foram assassinados, para além dos mundialmente conhecidos caricaturistas franceses do “Charlie Hebdo”: Charb, Cabu, Tignous, Honoré e Georges Wolinski, de referir também, nos últimos dez anos de Prageeth Eknaligoda (Sri Lanka), Akram Raslam (Siria).
 Pela prisão têm pasado os argelinos Ali Dilem e Tahar Djehiche; os iranianos Mana Neyestani, Hadi Heidari e Atena Farghadani, os sirios Ali Ferzat e Chahim Barzanji, os indianos Harish Yaday (Mussveer) e Assem Trivedi, o marroquino Walid Bahomane, os turcos Mehmet Duzenli e Musa Kart; o chinês Jiang Yefei na Tailândia (entretanto desaparecido aquando da sua deportação para China); o egípcio Magdy El Shafel, o palestiano Mohamed Sabaaneh; o tailandês Sai-Sakda Sae Lao; o malaio Zunar-Zulkiflee Anwar Alhaque…
 Entre muitos casos pouco conhecidos ou que saltaram para o conhecimento público, como as perseguições censoriais ou despedimentos dos equatorianos Bonil e Vilma Vargas; na Venezuela Rayma Supremi; a proibição de publicar no seu país (Mikhail Zlatkovsky-Rússia); os que têm de viver sob protecção policial (Lars Vilks- Suécia, Molly Norris- USA, Kurt Westergaard- Dinamarca)… Não esquecendo o sub-reptício desaparecimento do humor gráfico na imprensa portuguesa e de muitos outros países.”


                             
                                                                   La Muestra